Com a chegada do mês de setembro, o litoral baiano
ganha um presente bastante peculiar. É a visita das baleias Jubarte que
vêm se reproduzir ou acasalar nas águas quentes e tranquilas do oceano
brasileiro. Abrolhos, situado na região costeira ao sul da Bahia, a Praia do
Forte e Morro de São Paulo são os locais que os mamíferos estão presentes até
outubro.
Ao todo são 9 mil animais que tentam reproduzir ou
acasalar. Quem observa de perto essa migração é o Instituto Baleia Jubarte
(IBJ), que tem sede em Praia do Forte e Caravelas, município do extremo sul
baiano. Durante a temporada, inúmeros turistas realizam o whalewatching,
ou seja, a observação de baleias. Para que este tipo de turismo aconteça,
empresas devem ser regulamentas junto ao Ibama, além de seguir uma lista de
normas que mantém a conversação dos mamíferos.
Segundo Sérgio Cipolotti, Educador Ambiental do
IBJ, o órgão realiza um treinamento junto às operadoras para agregar valores de
proteção animal. Com o lema troque o arpão por uma câmara, o instituto procura
sensibilizar a todos que procuram conhecer as baleias. “Todas as empresas que
realizam esse tipo de trabalho devem ser seguir regras como manter distância de
100 metros dos animais e não ficar mais que 30 minutos perto deles”, explica.
Também preocupado com a proteção dos animais, além
de incentivar este tipo de turismo, a Prefeitura de Cairu, através da
Secretaria de Turismo pretender divulgar ações para expor a possibilidade de se
visualizar baleias na baixa estação. Paralelo a isso, o poder municipal quer
regulamentar todas as empresas interessadas neste tipo de serviço. “Hoje, a
única operadora autorizada pelo Ibama é a Rota Tropical. Vamos conversar com
mais agências de turismo para propor o incentivo a este canal turístico”, diz
Bruno Wendling, Secretário Municipal de Turismo.
ROTA TROPICAL
A empresa é a única autorizada pelo Ibama a
realizar o turismo de observação em Morro de São Paulo. Com passeios que duram
de duas a quatro horas, a Rota Tropical oferece saídas diárias, em embarcações
do tipo flexboat, que comportam no máximo 20 pessoas, ao preço de R$120 por
passageiro.
Além do passeio, os turistas ouvem palestras de
como é importante preservar esta espécie que está em extinção. Segundo últimos
dados da IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza), a população
de Jubartes já chegou a 350 mil baleias. Hoje, estima-se que pouco mais de 60
mil animais estejam vivos. O dado alarmante é devido à caça indiscriminada.
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